domingo, 12 de abril de 2009

O último dia

Como o nosso avião era à 1 da manhã fizemos o check out do Sofitel em Macau na hora limite e apanhámos o ferry do meio dia para Hong Kong, para lá fazermos tempo até irmos para o aeroporto. A viagem de ferry é absolutamente horrível!! Pelo menos para quem enjoa como eu... Durante cerca de uma hora o barco não pára de abanar imenso ao sabor das ondas, e o pior é que estava um tempo péssimo e as nuvens não permitiam ver um palmo à frente do nariz, pelo que era impossível ver se faltava muito para chegarmos. Felizmente consegui chegar a terra apenas algo tonta e agoniada e lá fomos procurar um cacifo onde deixar as malas. Depois disso, e uma vez que não nos apetecia andar à chuva, apanhámos um dos autocarros de dois pisos que ainda existem na cidade e dirigimo-nos ao Stanley Market, localizado numa baía a uma distância considerável de Hong Kong e que nos pareceu ser o Cascais lá do sítio.
Esse mercado é famoso pela facilidade em encontrar tamanhos enormes, tipo XXXL, atoalhados e camisolas de caxemira. Mas o meu objectivo era encontrar um gato chinês da sorte preto. É verdade, ainda não tinha perdido totalmente a esperança! Apesar do mercado ser coberto, ainda apanhámos uma molha quando saímos do autocarro e consegui encharcar completamente as meias que tinha acabado de calçar na viagem para lá... Mas compensou! À entrada do mercado vi logo uma loja de malas a anunciar que na compra de uma ofereciam outra de graça à escolha! E até dava para pagar com cartão, ou seja, lá adquiri mais duas malas enormes... Depois de ver mais umas dezenas de gatos chineses dourados, entrei numa loja e um milagre aconteceu!! Num canto escondido da loja encontrei dois gatos da sorte pretos!!!! Eram pequeninos mas não faz mal, pois agarrei-me logo a eles antes que me roubassem tamanha preciosidade :D (Entretanto já joguei ao euromilhões e os gatos ainda não entraram em acção...) Mais umas compras de última hora e fomos almoçar, apesar de já serem 18h, num restaurante italiano à beira-mar. De barriga cheia regressámos a Hong Kong em plena hora de ponta e demorámos uma eternidade a chegar ao centro. Mesmo assim ainda tinhamos umas horas para gastar e lá fomos nós para o Temple Street Night Market. O que é querem? Não nos conseguimos fartar de mercados... Após duras negociações o Gonçalo lá conseguiu comprar um novo trolley de cabine (o que deu imenso jeito para transportar todas as minhas malas novas...) e eu um relógio para a minha avó. Para variar, as compras são sempre feitas até ao último minuto...
Conseguimos fazer o check in no centro da cidade, na estação de metro onde se apanha o combóio para o aeroporto, e lá fomos nós aguardar o nosso penúltimo voo da viagem. Mais uma vez o aeroporto de Hong Kong pareceu-nos quase vazio e não se viam quaisquer filas. É mesmo impressionante. Lá chegou o nosso avião e pela multidão que estava na porta de embarque apercebemo-nos imediatamente que não íamos ter a mesma sorte que tivemos na ida, isto é, um avião quase vazio... De qualquer forma, os aviões da British Airways são um bocado mais confortáveis que a maioria e até deu para dormir um bocadinho até Londres. Em Londres é que foi pior... Como se já não passássemos horas suficientes em Londres à espera do voo para Lisboa, chegámos 30 minutos adiantados (isto só acontece quando não interessa...), ou seja, às 5:50. E o nosso voo só partia às 15:20! Ainda pensámos ir dar uma volta a Londres, mas quando ouvimos o capitão a anunciar que estavam 5ºC essa ideia passou-nos logo da cabeça. Nenhum de nós tinha roupa suficiente para suportar essas temperaturas. Que remédio, ficámos horas intermináveis na porcaria do Terminal 1 a ver o tempo passar... Eu acabei de ler o último volume da saga da Shopaholic e o Gonçalo acabou com a bateria da PSP. E tudo isto antes de almoço... Uma seca! Finalmente embarcámos e parecia que toda a gente a bordo estava constipada, incluindo o homem que ía ao meu lado e que passou o voo todo a espirrar, assoar-se e abrir o lenço para ver que nojo lhe tinha saído pelo nariz!!!! Uma bela maneira de terminar a viagem...
Mas em Lisboa uma surpresa aguardava-nos! Não, não estou a falar do frio e vento insuportável. A Joana, o Pedro e a Carlinha Pikatchu estavam à nossa espera no aeroporto para verem o nosso bronze em primeira mão :D
Mesmo assim foi duro regressar a Portugal, voltar a fazer a 2ª circular, ver a selecção a jogar pessimamente e não ter perspectivas de voltar a viajar num futuro próximo...

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