segunda-feira, 6 de abril de 2009

Macau

Uma vez que tinhamos que regressar a Hong Kong para apanhar o voo de regresso a Lisboa, optámos por passar a nossa última noite na Ásia em Macau, apenas a 1 hora de ferry de Hong Kong. Depois de uma viagem de barco, uma noite num autocarro, algumas horas no aeroporto de Bangkok e mais um voo, finalmente chegámos a Macau! Ainda no avião deparámo-nos com a língua portuguesa no formulário de imigração, necessário para entrar em Macau. Depois de algumas semanas a ler os campos em inglês, foi um bocado estranho ler "Nome", "Apelido", "Naturalidade", etc.. E isto não terminou pois mal aterrámos tudo, mas mesmo tudo, estava escrito pelo menos em chinês e em português. Desde as informações nos transportes, nomes de ruas até aos nomes das lojas. O mais idiota disto tudo é que não há lá uma única pessoa, se não contarmos com os portugueses que lá vivem, que fale português!! É uma sensação bastante estranha...




Com a ajuda de uma chinesa que milagrosamente falava um inglês decente lá apanhámos o autocarro para o hotel e, espantem-se, até saímos na paragem certa! Pelo caminho fomos passando por tabuletas com nomes como Taipa e Coloane, e com os quais eu me tinha familiarizado através do Relatório do Estado do Ambiente de Macau. Com excepção da ilha de Macau, tudo o resto parece muito recente, quase acabado de inaugurar. Mas mal nos aproximamos do centro começamos a ver passeios em calçada portuguesa a contrastar com neons cheios de caractéres chineses.
O hotel eleito para a nossa última noite foi, nem mais nem menos, o Sofitel Macau at Ponte 16, um hotel de 5 estrelas mas que, mais uma vez com a juda da Joana, se tornou acessível às nossas carteiras quase vazias nesta fase da viagem. E não imaginam como soube bem! Entrarmos todos sujos e amarrotados pelo lobby monumental e dourado, que brilhava por todo o lado, e sermos encaminhados para um quarto enorme e com a cama mais confortável onde já dormi foi, sem dúvida, um dos pontos altos da viagem :) Até nos foram preparar e abrir a cama para dormirmos, e colocar os chinelos à beira da cama e um copo de água na mesa de cabeceira!! Depois de tomarmos banho, vestirmos os roupões e nos deitarmos um bocado, foi extremante difícil forçar-nos a sair daquele quarto e visitar Macau. Sobretudo porque lá fora estava imenso frio, vento e a ameaçar começar a chover a qualquer minuto.



Enfim, lá saímos do quarto e dirigimo-nos ao Largo do Senado que parecia o centro de uma cidade portuguesa de média dimensão e, sem dúvida, a zona mais bonita de Macau. Seguimos depois para a Catedral de Macau e para as Ruínas de S. Paulo, a grande atracção turística. Pelo caminho provámos um "portuguese egg tart", também conhecido por pastel de nata e aconselhado por todos os guias e artigos que lemos sobre Macau. De facto, aquilo até pode saber bem a quem nunca provou o produto original... Tinha uma consistência de ovo mexido e a massa folhada era demasiado seca. Ou seja, era horrível!




Como ainda não nos sentíamos preparados para continuar a enfrentar o frio, decidimos fazer o que a maioria dos turistas faz quando vai a Macau: fomos para os casinos! Infelizmente não tivemos sorte e saímos de lá um bocado mais pobres do que quando entrámos... Mas ficámos a conhecer o Casino Lisboa (o mais antigo e pequeno), o Grand Lisboa (o mais piroso), o MGM, o Wynn (o mais elegante) e o Venetian (o mais grandioso e impressionante). Para antecipar o regresso a Portugal, e uma vez que não conseguia comer nada chinês, fomos para a Rua da Cunha, uma zona cheia de restaurantes portugueses. Num restaurante repleto de bandeiras do Benfica e onde jantavam mais portugueses, lá pedi um bife com molho de natas e cogumelos e um sumol de ananás que me souberam divinalmente! O pior é que já há algumas semanas que eu seguia uma dieta à base de arroz, frango, noodles e fruta, e uma comida assim tão pesada não me caiu lá muito bem e, pela primeira vez em cinco semanas, o imodium teve que entrar em acção...

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